O cheiro tem o poder de levar nossos pensamentos, nos conduzindo a lembranças de pessoas, lugares, comidas, etc. Basta passarmos por algum lugar e sentir um determinado cheiro, e parece que somos transportados a alguma lembrança agradável ou desagradável.
Alguns lugares possuem cheiros muito bons, como o cheiro de pão saindo na padaria, abre nosso apetite na hora. Cheiro de pipoca no cinema, e vários outros.
Muitas empresas já descobriram o potencial de nossos narizes e há algum tempo têm investindo seus recursos no “marketing olfativo”.
No natal de alguns anos atrás a Bauducco espalhou o aroma de panetone em 32 salas de cinema, enquanto os comercias eram exibidos. Algumas lojas possuem um cheiro característico, assim como alguns produtos. Por exemplo o cheiro de carro novo.
Tudo isso, por que estudiosos descobriram que o cérebro humano é capaz de se lembrar de 35% dos odores que sente, contra 5% do que vê, 2% do que ouve e apenas 1% do que toca. Além disso, o cérebro pode gravar até 10 mil cheiros distintos, ao passo que só conhece 200 cores.
É por esse motivo que Paulo escreveu aos coríntios que nós cristãos devemos ser o bom perfume de Cristo. Pois as pessoas que nos vem tem que ver a Cristo, como alguém que sente um cheiro e se lembra de algo.
E como podemos alcançar isso?
1. Purificando-se do cheiro da carne.
Imagine uma pessoa que trabalhou o dia todo e depois disso, deu aquela corrida na praia e volta encharcado de suor. Imagina se essa pessoa resolve ir pra igreja sem tomar banho, apenas passado um desodorante. Não adianta, pois o cheiro do corpo dele com certeza irá se sobrepor ao cheiro do perfume.
Assim também é conosco. Para que o perfume de Cristo apareça nas nossas vidas, não adianta apenas sermos cheios dele. Temos que nos esvaziar de nós mesmos.
Muitas vezes podemos passar horas e horas adorando a Deus e sair da presença dele e em minutos perder toda aquela unção em uma discussão, ataque de ira ou fofoca.
Para que o aroma de Cristo seja percebido em nós, a primeira coisa é neutralizar cada vez mais nosso próprio cheiro. Isto é nossas natureza pecaminosa (nossos desejos, egoísmos, preguiça, vaidade)
2. Cuidando do nosso hálito.
Como é desagradável estar ao próximo de uma pessoa com mal hálito. Por mais que esteja perfumada, ficamos incomodados com aquilo. O hálito muitas vezes passa a ser o cheiro da pessoa.
Podemos fazer disso um paralelo conosco, pois muito cristão tem mal hálito espiritual, isto é, quando estão com a boca fechada até que não são tão maus, mas quando abrem a boca, o bom aroma de Cristo fica longe.
Temos que tomar muito cuidado com a nossa boca. TG 3.2 diz que alguém que é capaz de controlar a sua língua, é capaz de controlar todas as outras áreas da sua vida, de maneira que será perfeito.
Nossa boca é, em muitos casos uma porta aberta para maldições.
Temos que aprender a ser pessoas que usam nossa boca para o bem em qualquer âmbito, até mesmo nas coisas seculares. Temos que ter palavras positivas que contagiam de maneira positiva.
Todos nós somos multiplicadores de algo. A QUESTÃO É, O QUE TEMOS MULTIPLICADO?
3. Ficamos com o cheiro de quem estamos mais próximos
Quando damos um abraço em alguém que está perfumado, ficamos com aquele cheiro impregnado em nós. Quando ficamos perto de uma churrasqueira, voltamos pra casa com cheiro de fumaça, e etc.
Se estivermos passando muito tempo com coisas fúteis, vamos reproduzir nos outros coisas fúteis. Se estivermos cometendo pecados, iremos reproduzir o cheiro do pecado. Se estivermos em más companhias, teremos, espiritualmente aquele cheiro.
Por isso, quanto mais tempo você passar, e quanto mais próximo chegar de Cristo, mais perfumado você estará.
